Da Revista Época: Mãe põe filha na dieta aos 2 anos: “Não queria uma criança gorda”

22 out

A reportagem da Época está aqui e conta a história da Aly Gilardone, uma mulher de 107Kg, mãe de uma menina de 8 anos e essa menina, desde que tem apenas 2 anos, é obrigada pela mãe a fazer dieta. De uma forma muito, muito, muito, MUITO rasa, da pra entender porque essa mãe tomou essa atitude. A gente sabe que existe sim um preconceito contra as pessoas acima do peso, e pensando nisso, ela tentou proteger a filha. O problema é que essa proteção foi feito da pior maneira possível e por 2 principais motivos:
1) Uma criança não pode fazer dieta, mesmo se estiver acima do peso. A conduta correta a se adotar é controlar a ingestão de alimentos e cuidar para que ela não ganhe mais quilos, para que esse excesso se “dilua” enquanto ela crese e se desenvolve. Dieta nessa fase da vida atrapalha o desenvolvimento e impede a formação correta de ossos e tecidos.
2) Os habitos alimentares se desenvolvem na infância. A partir do momento que se toma uma atitude drástica como essa, a mãe impede a filha de ganhar peso, mas faz isso correndo para o extremo oposto, criando condições para que a menina cresca com uma ideia deturpada acerca de saúde e peso, podendo chegar a disturbios como anorexia e bulimia.

E aí, não só isso não é saudável para a menina, como também não resolve o problema. Não precisa ser nutricionista e nem psicólogo para ver que essa mãe está bastante acima do peso e prestando atenção demais no peso da filha para não ter que fazer isso a respeito de si própria, e aí todos perdem: A filha que pode não ser um adulto saudável e com maiores chances de desenvolver disturbios alimentares e psicológicos  e a mãe que, além de não ser feliz com seu peso, pode já ter ou vir a desenvolver uma série de doenças relacionadas à obesidade, como diabetes, hipertensão e infarto.

Obesidade já é uma problema de saúde pública pelo mundo todo e é preciso um engajamento tanto da iniciativa pública quanto privada para que esse quadro possa ser revertido. As empresas precisam desenvolver produtos que não sejam tão ricos e açucar e gorduras sim, mas talvez mais importante que isso, é que se façam campanhas de conscientização a respeito de hábitos alimentares saudáveis, ou seja, aumentar o consumos de frutas, verduras, legumes, diminuir os produtos industrializados fonte de “calorias vazias” e resgatar o prazer e o cuidado com a alimentação.
Alimentação é a base da vida e quando é feita corretamente, previne uma enormidade de “doenças da vida moderna”.

E por últimos e não menos importante, além da alimentação saudável, é muito importante exercício físico e acima de tudo de ser feliz!!!!

Beijocas…

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